(S)EM TERRA de Laura do Céu, desenhos de Lena Muniz, recensão crítica ao vivo de Luís S Branco e performances de Mariana Sevila (ESTC) e de Fernando Ramalho (Tigre de Papel)
Convite Editora Caleidoscópio (PT)/ chancela: Oro e Atelier A Fábrica, Coimbra
*«(S)EM TERRA foi o contraveneno para experiências post meridiem; nas latências, entre silêncios de fim da manhã e fim de noites, rente às alvoradas. Ante a presença de uma pandemia os verbos respirar e vigiar avocaram sentidos duplos, tão ubíquos como loquazes. Vigiar os ciclos e as mudanças, voltar às origens por semanas, absorver fauna e flora – mais-que-humanos internalizando os mesmos costumes, as mesmas ilusões, e decepções –, afigurou-se o menos leniente dos receituários.»
Laura do Céu é o pseudónimo usado por Soraia Simões de Andrade, uma homenagem às avós, materna e paterna respectivamente, é com ele que assina poemas e prosa, publicou Metrónomo sem Função (2020), prosa narrativa, e (S)EM TERRA (2021), poesia, pela ORO/Caleidoscópio.
É investigadora e escritora. Pós-graduada em Estudos de Música Popular, mestre em História Contemporânea pela FCSH, doutoranda em História na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - NOVA FCSH; em curso tem uma tese de doutoramento intitulada Literaturas de uma Mulher Musical em Trânsito acerca do repertório poético musical de Amélia Muge desde 1975 ainda em Moçambique.
No âmbito académico publicou, entre artigos em revistas e plataformas da especialidade, RAPublicar – a micro-história que fez História numa Lisboa adiada (Editora Caleidoscópio 2017) e Fixar o (in) visível. Os primeiros passos do RAP em Portugal (Editora Caleidoscópio 2019).
Realizou o documentário A Guitarra de Coimbra para a RTP2 (2019); coordena a Revista, e plataforma, Mural Sonoro; realizou diversas curadorias e trabalhos como ghostwriter por convite. Foi distinguida com o Prémio Megafone Sociedade Portuguesa de Autores (2014).
Foi investigadora do Instituto de História Contemporânea (Fev 2015 – Agosto 2020) . Fazem parte da sua investigação a história oral, a dimensão histórica da linguagem literária na música, a relação entre cultura, sociedade, memória e género.
Fernando Ramalho é autor, músico, livreiro, o seu trabalho tem circulado por vários campos musicais e sonoros experimentais, da exploração do drone ao trabalho com field recordings ou à livre improvisação. Os trabalhos Meta-Sonorização: em Diálogo com Ana Hatherly (2017), Oito Madrigais e uma Natureza Morta (2018) e Abro-vos a Casa numa interrogação (2020) dialogam com a poesia de Ana Hatherly, Inês Lourenço e Maria Gabriela Llansol. Tem vindo a trabalhar na performance Tocata Contrassexual, a partir dos escritos de Paul B. Preciado. A mais recente edição é Black Friday Blues (2020).
https://soundcloud.com/fernando-ramalho-1
Mariana Sevila Matos é actriz e discente de Teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema do IPL. Amante de música, teatro, literatura, explora nas suas performances as três vertentes.