capa/pintura Paulo Robalo, Mural Sonoro Nº2

capa/pintura Paulo Robalo, Mural Sonoro Nº2

REVISTA MURAL SONORO, Nr 2 (Setembro de 2020), capa: Paulo Robalo (artista plástico)*

sob direcção de Soraia Simões de Andrade


o que vai poder ler, assistir, ouvir?

Vamos de férias!

O próximo número da revista Mural Sonoro será publicado no início de Setembro.

Deixamos uma importante novidade: a revista terá duas edições impressas – conta para isso com a parceria da Editora Caleidoscópio –, daremos mais detalhes sobre essas duas edições no nosso regresso.

No número 2 da revista Mural Sonoro encontrará os ensaios das investigadoras Amanda Palomo Alves (História de África, Música e Relações Étnico-Raciais/Universidade Federal Fluminense) que nos escreve acerca das "faces do colonialismo em Angola nas canções de Ruy Mingas»; Virgínia Baptista (integrada do Instituto de História Contemporânea e professora na Escola Artística António Arroio) acerca da "invisibilidade das artistas negras – racismo e representações"; e Susan de Oliveira (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas Núcleo de Estudos de Poéticas Musicais e Vocais Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina) sobre «as mulheres e a invisibilidade do trabalho doméstico no Brasil em tempos de pandemia»; ou os artigos dos investigadores Lucas Fidalgo Knoeller (FCSH), que nos ensaia uma interessante reflexão sobre o ''Portugal dos Pequenitos (...) oitenta anos a ensinar crianças que a Angola é parte de Portugal", e Joseph Silva (SOS Racismo) sobre o Blackout Tuesday.

O realizador e documentarista Diogo Varela Silva, sobrinho-neto de Amália, escreve-nos sobre a artista que completaria este ano 100 anos; o jornalista Ricardo Alexandre, doutorado em Ciência Política, revê um capítulo da sua investigação sobre nacionalismo, resolução de conflitos, reconciliação («Yugoslavia: from wars to European integration: perspectives from university students in Bosnia and Herzegovina, Croatia, Serbia and Kosovo», ISCTE 2017) dedicado às músicas nessa conjuntura; o artista Paulo Robalo (autor da pintura/capa* deste número) escreve-nos sobre conceitos, ideias e ideais na sua obra e Luana Lora descreve-nos o catálogo da livraria Ler por aí...que organizou e que disponibiliza livros que nos remetem para lugares, geografias e viagens.

Numa nova categoria, Sala de Estar, poderá ler os discursos directos (conversas escritas dirigidas por Soraia Simões de Andrade, directora da revista Mural Sonoro) com o encenador Jorge Silva Melo (Artistas Unidos), Manuela Azevedo, Hélder Gonçalves (Clã), o cartoonista Luís Afonso (A Mosca, Bartoon), ou o cartoonista Vasco Gargalo (conversa escrita dirigida pelo historiador Paulo Jorge Fernandes).

Poderá ainda apreciar a galeria de imagens para este número da fotógrafa Helena Silva; os poemas da escritora Gabriela Ruivo Trindade, de Eugénia Melo e Castro, do poeta Rui Almeida, de Miguel Tiago, entre outros.

Na Sala de Estar teremos também as entrevistas em vídeo realizadas pelo artista plástico Paulo Moreira aos galeristas e artistas plásticos Isabel Cabral e Rodrigo Cabral (Galeria Serpente, Porto), esta ficará disponível na última semana de Agosto; e por Soraia Simões de Andrade a Pedro Schacht Pereira (The Ohio State University) acerca de apropriações, representações, lugares de fala e de escuta, discursos excepcionalistas (nas filosofia, literatura, música) ou lusotropicalismo, usos do passado, esta entrevista está já disponível no nosso canal Youtube: trata-se de um preâmbulo para este número.




*A capa deste número é do artista plástico Paulo Robalo. Esta obra, com uma dimensão 120x 90 cm, foi realizada após uma conversa que resultou num desafio lançado ao artista. O artista desenha um homem num navio de transporte de escravos dentro de um caixão de madeira. Visualizamos um negro com coleira de ferro e colete salva-vidas. O azul entra dentro do barco fazendo alusão a situações várias em que os navios se afundaram por causa de tempestades incontroláveis. Entre vinte a quarenta por cento da "carga transportada”, a mesma que sobrecarregou o espaço até ao limite, acabou por morrer.

Nesta obra o artista procura reflectir também sobre um cenário presente, ao cruzar a narrativa referente ao drama dos actuais migrantes e refugiados com o transporte de escravos. A figura de fundo: uma planta de um barco onde se acomodavam os escravos, numa distribuição onde não podia caber mais ninguém, relembra a viagem dura daqueles, refugiados e refugiadas, que hoje procuram a “fuga” para uma vida com maior dignidade e direitos.

A obra está a partir de hoje à venda, para mais informações: +351 919 789 488

Até Setembro!

Actualização: Fruto da actual situação pandémica a Revista Mural Sonoro terá sete números no digital e um número anual impresso (o primeiro em Março de 2021).

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