Né Ladeiras (foto de Lauren Maganete)para citar esta entrevista: Né Ladeiras em Discurso Directo, entrevista de Soraia Simões, Plataforma Mural Sonoro em 20 de Agosto de 2012

Né Ladeiras (foto de Lauren Maganete)

para citar esta entrevista: Né Ladeiras em Discurso Directo, entrevista de Soraia Simões, Plataforma Mural Sonoro em 20 de Agosto de 2012

Né Ladeiras, Fonograma: 'Traz-os-Montes'

 

BI: Maria de Nazaré de Azevedo Sobral Ladeiras, nascida na cidade do Porto. A 10 de Agosto de 1959.

(Soraia Smões) Na tua casa sempre contactaste de modo activo com música. A tua mãe cantava, recordo-me de uma conversa que tivemos no ano passado em que te lembravas dela como sendo uma ‘menina da rádio’. O teu caminho ou contacto, presumo, que inicie, neste âmago, desde que te conheces...

( Né Ladeiras) O meu início musical dá-se desde que nasci. Fortes genes familiares, tendências vindas de muitas gerações, convívio tertuliano fomentado pelo avô materno, cantorias ouvidas na barriga da mãe. A música a fazer parte como fazia do quotidiano dos adultos, adolescentes e crianças só podia transformar-se como numa segunda pele.

 

E a sua prática. O querer aprender ou viver a fazer isso mesmo?

 

O salto primeiro dá-se logo após o 25 de Abril. Quando 4 amigos se juntam com uma paixão comum: a música latino-americana, com maior incidência para o Chile. Um ano antes, deu-se o golpe de estado, que salientou a arte da intervenção de nomes como Violeta Parra e Victor Jara. Já sobejamente cantados, por grupos que se tornaram a voz dos oprimidos destes idos anos 70: Quillapayun, Intti-Illimani, e que se estendia por um continente solidário num coro de vozes como a de Mercedes Sosa, Pablo Milanes, Silvio Rodrigues, Atahualpa Yupanqui.

Assim, partíamos para cada campanha com a mensagem pronta a saír das violas, flautas e vozes, porque era preciso avisar mais gente que um novo país floria. O que acontece é que ao tomar contacto com as populações, dei-me conta – apesar de já o saber pelo trabalho inestimável de Michel Giacometti, Fernando Lopes-Graça, Jorge Dias – da riqueza da música cantada no trabalho, no amor, nas manifestações pagãs e religiosas por esse país fora. A ligação foi instantânea e em mim ficou, para sempre, a raíz profunda que alimentou o tronco principal do meu destino musical.

Entretanto, surgiu a hipótese de integrares um grupo, que acabou por assumir uma certa expressividade no contexto da música popular em Portugal.

Exacto. Depois veio a oportunidade de integrar os Trovante, em 1979. Que iniciavam uma nova era entre o ‘tradicional’ e as composições de originais com influências musicais até então inexploradas. Na verdade, sentia-me com vontade de experimentar outras sonoridades à da raíz que cuidava. A maquete de ‘Baile no Bosque’ foi assim construída, vivenciando o prazer da descoberta.

E no início da década de 1980, integras outro grupo –  Banda do Casaco – que marcou um tempo e de que ainda hoje nos lembramos. Nos cruzamentos que fez, no atentar diferente sobre recolhas e cancioneiros, no modo diferente também de compor, de como fizeram essa ligação entre o contexto urbano e as expressões musicais de carácter tradicional e culturais de ambiente rural em alguns dos casos. Para quem olha, volvidos uns anos, parece que estavas, de algum modo, entre um conjunto de outros autores que faziam parte de uma certa ‘revolução’ operada nas músicas populares do nosso país…

Em 1980, recebo o convite para fazer parte da Banda do Casaco, que estava a preparar o Jardim da Celeste. Foi uma abertura total quanto aos horizontes, que me eram desconhecidos ainda. Já admirava muitíssimo a ousadia de vanguarda, que apresentavam nos seus trabalhos discográficos. Era uma dimensão muito acima das minhas expectativas e ver-me no meio deles, observar a sua forma de criar, arranjar e produzir foi a grande aprendizagem que me daria asas para o futuro. Devo à Banda do Casaco a minha forma de estar em constante movimento, sem acomodações estéticas e fórmulas etiquetadas. Aprendi que a música não precisa de rótulos. Aprendi que se pode ter uma personalidade única desde que se siga a intuição artística e não se pese outro tipo de lixo para ficar num lugar cativo.

No meio de tudo isto, eu continuava a ter as minhas posições e credos, que provinham de uma formação de esquerda, mas que nunca me impediu de ouvir com isenção as opiniões de outros.

Muito curioso, é que uma parte do meio conotava a Banda do Casaco com a direita e uma outra com a extrema esquerda! (risos)

Eu percebi, que ser-se independente, sem ‘rabos de palha’ e assumindo que se esteve lá, no PREC, no verão quente, nas manifestações, reinvindicando a terra, o pão, a educação, fazer parte de um grupo por convicção, e um dia chegar à conclusão, que a revolução tem de passar primeiro por cada um de nós, e depois para as massas, não nos tira em nada o direito de prosseguir na luta, mesmo que de outra forma.

Tenho muito presente, pessoas que conheci e que sei terem sido as melhores que este mundo deu: Álvaro Cunhal, Dias Lourenço, Pires Jorge, Paulo Quintela. Custa-me a crer, que da minha geração algo se tenha perdido. Nunca vi tanta promiscuidade ser fomentada por quem viveu e esteve lá. Falo obviamente das ‘valsas’ e ‘foxtrots políticos’ de elementos, que sem vergonha alguma, actuaram mal e com igual desfaçatez se venderam ao poder mais obscuro deste país.

Para mim ficou registada, igualmente, a estatura humana de Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa. Não é preciso estar do outro lado da barricada para saber da integridade, que rege estes memoráveis da história portuguesa. O que é preciso é seguir-lhes o exemplo, no melhor que uma personalidade com carácter possui.

Mas, o que fica são as memórias, sem rugas, dos conselhos, desabafos, ideias, atitudes claras, posturas coerentes, irreverência a par com o humor, que as pessoas inteligentes nos agraciam e que com um sorriso nos fazem pensar.

E tinhas ‘personagens’ que eram assim…

O José Afonso era assim. O Adriano Correia de Oliveira, o Ary dos Santos.E para nosso bem, a permanência de pessoas como o Luís Cília, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Fausto, Vitorino, Paulo de Carvalho, Simone de Oliveira (estou a falar das minhas referências como é obvio), têm dado a sua arte de formas diferentes, claro, mas com uma extraordinária dignidade que os faz serem verdadeiros. Admiro muito quem assim é.

Falemos um pouco do teu legado discográfico.

A minha discografia resume-se nos álbuns a solo: a Alhur (1982) (EP, Valentim de Carvalho), Sonho Azul (1984) (Álbum, Valentim de Carvalho), Corsária (1989) (Álbum, Schiu!/Transmédia), Traz-os Montes (1994) (Álbum, EMI-Valentim de Carvalho), Todo Este Céu (1997) (Álbum, Sony), Da Minha Voz (2001) (Álbum, Zona Música), Anamar, Né Ladeiras, Pilar – Ao Vivo (2002).

E tens as compilações e colaborações com outros músicos, que te convidaram.

Exacto. Espanta Espíritos (1995) com o tema “Estrela do mar” (CD, Dínamo), A Cantar Xabarin (1996) com o tema “Viva a música!” (CD, Boa), A Voz & Guitarra (1997) com os temas “La Molinera” e “As Asas” (2CD, Farol).O Canções de Amigo,  (1999) (CD, Sony) - Participações Especiais ainda com Heróis do Mar- Amor (EP), Sétima Legião - Volta ao Mundo (CD, Sexto Sentido), Corvos - No Canto do Olho, Depois do Mar sem Fim (CD, Medo), com Brigada Victor Jara Eito (1977) (Álbum, Mundo Novo) e Tamborileiro  (1978) (Álbum, Mundo Novo). Com a Banda do Casaco – No Jardim da Celeste (1981) (Álbum, Valentim de Carvalho) e Também Eu (1982) (Álbum, Valentim de Carvalho).

E ainda tiveste os singles. 


Sim. Os singles com Trovante - Tocar a Reunir (1979) (SP) e Ana & Suas Irmãs - Nono Andar (1988) (SP,Transmédia).Depois destes 9 anos de recolhimento, chamemos-lhe assim, denoto que as editoras estão a perder cada vez mais o poder, que tinham e que as fazia serem caprichosas quanto à individualidade dos artistas que compunham os seus “catálogos”.

Lembro-me perfeitamente que em 1982,quando estava a preparar a gravação de Alhur, bati o pé porque queria convidar os Heróis do Mar. Um dos responsáveis da editora perguntou-me com um ar com um ar muito surpreendido. “Mas, tu queres esses miúdos de plástico!?” Não são de plástico. Têm um projecto fantástico, eu gosto e é com eles ou não é com ninguém. Como se (ou) viu foi a melhor escolha que podia ter feito. A produção do Ricardo Camacho fez toda a diferença na direcção que este EP pedia e que eu pretendia que tomasse.

Depois deste episódio abordaram-me para eu começar a compôr e ser “uma Rita Lee portuguesa”! Levantei-me da cadeirinha das reuniões, com vontade de bater em quem teve essa brilhante ideia.

Não posso esquecer, que em 1984, a Valentim de Carvalho, teve a infeliz ideia de querer mudar o meu nome porque, segundo o produtor do Sonho Azul, Né Ladeiras, não era um bom nome para uma cantora e muito menos quando esta chegasse aos 40 anos (risos).

Mandei-os à fava, claro, não permiti tal pouca vergonha e as minhas relações com essas pessoas acabaram por se radicalizar num grande corte que ainda hoje permanece. Detesto o ‘Sonho Azul’ em tudo. Da capa ao conteúdo. Com excepção, que em muito me honra, da colaboração dos músicos fantásticos que nele participaram. Agradeço a cada um deles o que deram de genial a uma produção tão escoriada: António Emiliano, Mário Laginha, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo, Caínha, Ricardo Camacho, Paulo Pedro Gonçalves, TóZé Almeida e Tó Pinheiro da Silva como técnico de som.

Por aqui se vê, o poder que detinham e como asfixiavam quem queria ser como era. Por isso o meu contentamento vai no sentido de hoje em dia quase não serem precisas para nada.

Mas, o que sentes que mudou efectivamente na indústria fonográfica?

Felizmente começou a existir um circuito alternativo de editoras mais pequenas que humanizaram as relações com os seus artistas. E a quem leva um grande não, sobre o seu projecto, há sempre a hipótese de recorrer às novas tecnologias para fazer ouvir a sua música. Isso é fantástico! Nestes casos, e se houver uma boa distribuidora, o artista detém o controle sobre o seu trabalho em todos as valências. Para isso também é preciso ter jeito! Ser além de artista, manager e homem/mulher de negócios. Nem todos são bafejados com esse ‘dom’.

No meu caso, terei sempre de precisar de uma editora com a mente aberta e acessível para me ouvir e respeitar as minhas ideias. Quando me contratam já sabem o “produto” que sou, logo não vão querer que eu seja outra coisa!

Há uma curiosidade que tenho. E sobre a qual nunca tinhamos conversado ou reflectido antes. Aquele disco de 1999, em que o Paulo de Carvalho convida mulheres a escrever para ele. A tua letra é talvez das mais expressivas que ele interpretou. Além, de não entender porque não se encontra à venda em discotecas um disco como o Mátria. A forma como é executado à época. As raízes que ali se patenteiam…

Adoro colaborar em outros ‘hemisférios musicais’. O meu nomadismo impele-me a experimentar outras formas em projectos diversos e linguagens diferentes.

Quando o Paulo de Carvalho me convidou para fazer uma letra para o seu álbum Mátria eu tremi. Eu? Porquê eu? O que posso dizer? Escrever para o Paulo de Carvalho? O meu ícone vocal? Não! (risos) Mas algumas conversas depois – e o Paulinho é uma pessoa encantadora, que defende muitíssimo bem os seus pontos de vista – lá me sosseguei a um canto e comecei a escrever.

Consegues reproduzir aquela letra?

Era assim:

Mukaji Lakanji*

Quiá lezó ngoma samí unguía tetembuca

Azan unguiá macumã riála kewala

Lezo olopi inça cafioto

Lezo ajeunsá inça liégi

Nabá fuki unguiá inça ofangê

UnguÍ duílo bogê

Quiá mabu mukutu otombô

Nafun incê muchima quiana diege caxí

Quiá azan lungo nabá menha

Quiá azan izô nabá sufí

Azan Maiála

Risne angorossi

Lunketo rongol o azan lakangi

Nabá laakangi azan unguí angomi

Unguí incé rongol o nabá bassê

Azan dodun

Infô unguiá tafusi

Unguiá curá ilaó caindé

Nabá quiá abadá nakejó abokum

Bambolassi samí moila maku

Lunketo rongol o azan lakangi

Nabá lakangi azan unguí angomi

Unguiá cafioto azan samí ezala

Unguiá riál a azan naquelê

Unguiá unketa mukí azan akodi

Nabá unketo rongol o azan gitiça

Mucossi bambelô abassá

Inkice azan noió nabá ricungo.

*dialecto Kiribum-Kassangé dos negros bantos levados para o Brasil

Quando o Paulo viu a letra ligou-me. “Tem de ser em português, Né!”

Em português? Mas eu pensava que pudesse ser uma mulher a transmitir o sentimento em dialecto, disse-lhe.” As letras são todas em português”, disse-me ele.

Olhando para a lista de convidadas, era óbvio que eu destoava com esta intenção que, por melhor que fosse, não cabia ali. Reescrevi-a e assim ficou o sentimento de todas as mulheres,independentemente dos dialectos do mundo.

‘Mulher é Vida’ foi musicada por Paulo de Carvalho e Ivan Lins e foi o single de lançamento do álbum belíssimo que é Mátria.

A transnacionalização, as viagens, foram transversais nos momentos que acompanhei do teu percurso musical.

Tenho várias pontes para o mundo. Aliás voo sobre elas! Os meus afectos artísticos englobam Médio Oriente, Tribos Celtas, cantos de Lamas e Mongóis, Vozes Búlgaras, Ragas Indianas, Fonéticas Nórdicas, Sons da Terra Aborígene e como não podia deixar de ser, África e Brasil.

A irmandade que aprofundei, com os aromas rítmicos e musicais brasileiros, fez-me participar com as Mawaca tanto em disco como em estúdio, com Chico César desde a Expo98 e que se prolongou num album de originais, o meu último de 2001, que contou com a participação do mítico Ney Matogrosso, para além de canjinhas espontâneas sempre que me deslocava lá. Conheci muita gente boa e profissional.

Depois há toda uma afectividade musical repartida pelo continente africano devido à criação extraordinária e produção de nomes que significam muito para mim e dos quais destaco: Ruy Mingas que cantava como ninguém o ‘Poema da Farra’ e ‘Monangambé’; Filipe Mukenga, que entre um reportório de originais fabuloso adaptou o tema tradicional angolano Humbiumbi (muito divulgado por Djavan), que o internacionalizou; Eduardo Nascimento com a sua voz de ouro eternizando o que de melhor se fazia em festivais da canção; Bonga divulgador das cores sonoras angolanas pelo mundo ; o imensoTito Paris, que amo de paixão, e que tocou todos os instrumentos na faixa Sinhô (Da MInha Voz, 2001), Lura, Nancy Vieira, Ferro Gaita, de Cabo Verde; Kimi Djabaté, Tabanka Djaz da Guiné-Bissau; Stewart Sukuma a celebrar 30 anos de carreira cheia de talento, meu cantor de eleição moçambicano.

A lista é mais vasta, mas por aqui me ligo a uma parte de mim, que me faz ser um elemento do ‘mundo lusófono’.

E tens sido uma ‘mulher de causas’?

Ser mulher de causas está na ordem do meu dia-a-dia. Sempre assim fui e continuarei. Nem há como explicar porque o sou. Fui educada assim. Não posso fingir que não vejo, não viro as costas a assuntos que me tocam profundamente. Ser-se artista é principalmente isso. Ter espírito missionário e procurar conteúdos que sejam partilhados com o objectivo de chamar a atenção de mais e mais pessoas. Fazê-las pensar. Ser-se artista, é disponibilizar as ferramentas que nascem connosco, para o bem dos outros. A casa com piscina não me interessa para nada. Tudo isto é emprestado e ninguém leva nada para o outro lado. O que vai e o que fica são uma série de acções, que ficarão gravadas em cada pessoa, que se dispôs a ouvir aquele que tinha algo para dizer.

E a música? O que é para alguém com o teu legado?

A música é diversão, que toma consciência do lado justo da vida. Se for só “pra-pular”, mastigar e deitar fora não me interessa e nem perco tempo com isso. Daí que seja muito selectiva nas minhas escolhas quanto a co-autorias, parcerias, músicos e produtores, e ao que consumo enquanto ouvinte. O ruido dos léxicos e modas batidas – escrever em inglês, por exemplo, moda muito provinciana de alguns músicos portugueses vai directo para o lixo. Claro que escuto músicas anglo-saxónicas, mas sei o que me interessa. Nada de Beyoncés, Rihannas, e quejandos. Quem possui essência e verdade no que faz prende-me a atenção. Ser honesto neste “negócio” é fundamental para haver respeito.

E agora andas a percorrer rotas e destinos que outrora pisaste, outros pela primeira vez possivelmente, com o teu novo espectáculo…

Sim. E pela estrada retomo o meu caminho com dois tipos de espectáculos: “Céu da Boca” e “À Flor da Pele”.

O primeiro formato é composto por 5 músicos e inclui essencialmente o reportório das minhas raízes transmontanas assim como outros cantares que gravei sob as influências dos cantares tradicionais da Beira Baixa e Beira Alta. É um espectáculo muito vivo, suado, e bem constituído (risos). Mostra não sermos aquele povo traçado pelo xaile e de pensamento encurvado. A fusão com outras perspectivas musicais estão muito presentes nos arranjos e execução. Pedaleiras no bouzouki e no baixo, pois claro. Ambiências xamãnicas porque não? A cumplicidade é muita, porque gosto imenso desta geração de músicos sem fronteiras.

O segundo é totalmente acústico, com dois músicos multi-instrumentistas em palco (cordas e percussão), e viaja pelas canções que me fizeram crescer. Digamos que é sobre uma parte da minha vida e que inclui José Afonso e Fausto (também presentes em Céu da Boca) Victor Jara, Sérgio Godinho e José Mário Branco, Sétima Legião, Dead Can Dance, Rui Veloso, Banda do Casaco, Chico César. Enfim, compositores que faço questão de cantar por todas as razões apontadas atrás. Uma vez mais, os arranjos e execução instrumental, remetem-nos para horizontes onde tudo se recria e renasce.


Né Ladeiras em conversa com Soraia Simões Perspectivas e Reflexões no campo

 

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